1 - A época
natalícia e a festa da passagem de ano podem considerar-se como dos momentos
mais ricos e interessantes, do ponto de vista das emoções e da afectividade do
ser humano, que a humanidade possui e celebra actualmente.
É fácil
perceber porque razão todos nós vivemos intensamente este período tão especial,
uma vez que é nesta altura do ano que se relevam os sentimentos mais puros e
genuínos que caracterizam o ser humano. Paz, amor, solidariedade e fraternidade
serão dos valores mais importantes que todos gostamos de chamar à colação,
durante estes tempos de festa que ninguém deixa de viver profundamente.
Os sorrisos
tornam-se mais fáceis e a alegria de uma saudação parece transformar-nos em
pessoas mais atenciosas e atentas aos problemas e dificuldades dos outros. A
solidariedade e a entreajuda parece reforçar-se e os laços de amizade
fortalecem-se como que por magia…É o Natal e o mistério da vida que nos surge
no seu máximo esplendor, e é o ano novo que se avizinha que nos parece querer
dizer que o futuro terá de ser melhor que o passado, num desejo unânime de ver
sempre no futuro aquilo que o passado não nos ofereceu e o presente tarda em
nos presentear…
É, em suma, a
esperança que nos mobiliza…! E que belo é sabermos que as pessoas, de uma maneira
geral, ainda acreditam em valores fundamentais que nos vão demonstrando que o
mundo ainda é um lugar digno onde se pode viver. Isto porque, na realidade, e
em face do que vai correndo pelo mundo, com as notícias sempre negativas que
nos vão chegando a casa todos os dias, podemos pensar que os valores e
princípios fundamentais que nos regem não passam de letra morta na actualidade.
Mas não… Ainda não é chegado o tempo de perdermos a esperança, enquanto
percebermos que nos emocionamos e choramos com o mal que grassa no mundo, e que
exultamos de alegria e felicidade quando alguma coisa de bom chega ao nosso
conhecimento.
Não deixemos,
portanto, que a frustração e o desânimo tomem conta de nós e apostemos na
esperança de um mundo melhor, que todos temos de construir em espírito de
fraternidade e solidariedade, para que o mundo que iremos deixar aos nossos
filhos seja um pouco melhor que o actual.
São estes os
meus votos de boas festas, e que deixo a todos os que vão tendo a paciência de
ler estes meus escritos semanais.
2 - Não podia
deixar de abordar hoje um assunto que tem vindo a ser tratado na comunicação
social, relacionado com o problema das fraudes ocorridas em vários centros de
emprego do norte, e onde o de Lamego também se inclui, por causa da vinda de um
funcionário de um outro centro de emprego, e que está a ser objecto de
investigação.
Como se sabe,
este processo vem já desde 2005, e resulta certamente de uma apurada
investigação que vem de trás, e tem merecido o apoio e acompanhamento dos
dirigentes e responsáveis do Instituto de Emprego e Formação Profissional,
incluindo a própria directora do Centro de Emprego de Lamego, Dr.ª Marisabel
Moutela.
A forma
insultuosa e caluniosa como o senhor Presidente da Câmara se referiu à
directora do Centro de Emprego de Lamego, na última sessão da Assembleia
Municipal, sem mesmo calcular o alcance das suas palavras, lançando labéus
sobre a conduta profissional da mesma, bem como sobre o Governo de Portugal e o
Partido Socialista, só pode ser entendida em resultado de um enorme nervosismo
que dificilmente se compreende no plano da luta política.
A competência e
rigor, a honestidade e a lealdade da directora do Centro de Emprego de Lamego é
inquestionável, e só mesmo uma mente dotada de uma enorme perversidade política
poderia usar um processo desta natureza para fazer acusações e dizer dislates
sobre a probidade de uma pessoa que, no âmbito das suas funções profissionais,
já foi auditada uma série de vezes, tendo merecido em todas elas o devido
reconhecimento pela forma exemplar como tem gerido aquela entidade do Estado.
Mais palavras
para quê?
3 - E por falar
em escritos, em virtude da minha cada vez menor disponibilidade temporal por
razões profissionais, informo os meus leitores que não me encontro em condições
de assegurar a minha presença semanal neste jornal, passando a escrever os meus
artigos de forma avulsa e aleatória, em função da oportunidade e da
disponibilidade que for encontrando para redigir tais artigos.
Obrigado pela
vossa compreensão.
Agostinho
Ribeiro