quinta-feira, 17 de abril de 2008

Museu e Diocese de Lamego assinam protocolo.



Foi assinado, na passada segunda-feira, um protocolo de colaboração entre a Diocese e o Museu de Lamego, com o objectivo fundamental de se garantir uma adequada e concertada gestão do futuro Museu Diocesano de Arte Sacra.
Estamos certos da importância deste acontecimento, à luz do quase secular relacionamento entre estas duas entidades, e que agora reforçam os seus laços de cooperação, em cerimónia de enorme significado cultural e histórico para a cidade de Lamego e para toda a região a que pertencemos.
A singularidade marcante do acto, que aqui une o Estado e a Igreja no esforço comum de salvaguardar e promover um património artístico que é “bem comum”, independentemente das suas tutelas específicas, ficou bem patente nos diferentes registos laudatórios das entidades presentes, incluindo a autarquia lamecense, honrando o Museu de Lamego enquanto entidade museológica anfitriã, e integrada no Instituto dos Museus e da Conservação, bem como na Rede Portuguesa de Museus.
Sob a presidência do director do Instituto dos Museus e da Conservação, Dr. Manuel Bairrão Oleiro, que fez questão em estar presente nesta sessão, ficou então estabelecido que o futuro Museu Diocesano de Arte Sacra de Lamego será gerido (nas suas diversas componentes organizacionais e funcionais), pelas duas entidades subscritoras do documento, com nítido benefício para ambas as partes, já que a Diocese aproveita as competências e o conhecimento humano, técnico e científico, adquiridos pelo Museu de Lamego e a este concede-se a possibilidade de coordenar e desenvolver acções de natureza museológica de forma concertada e articulada com aquele novo museu.
No respeito integral pelas missões fundamentais que ambas as instituições têm a responsabilidade de cumprir, este protocolo constitui uma excelente base de trabalho que mais não faz do que, como muito bem referiu D. Jacinto Botelho, Bispo de Lamego, dar maior visibilidade e cobertura oficial a um relacionamento institucional e pessoal que há décadas vem sendo construído entre estas duas instituições.
Um modelo eventualmente a seguir, noutras Dioceses do país, e um marco histórico nas relações entre o Estado e a Igreja, projectando Lamego no contexto nacional como um exemplo meritório do muito que se pode fazer, em nome a para o bem do património artístico português.
O grande sonho de Monsenhor Eduardo Russo está, assim, mais perto de se concretizar. Estou certo que todos saberemos honrar este grande homem e sacerdote, na sua enorme visão estratégica e missionária!

Agostinho Ribeiro

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