O Bloco de Esquerda respondeu a
um questionário que o pportodosmuseus colocou a várias pessoas e partidos
políticos sobre o futuro do Museu do Douro.
Considero importante o conjunto
das questões ali apresentadas e acho que será deveras interessante ler as respostas
produzidas, que certamente muito nos ajudarão a melhor perceber os caminhos passíveis
de serem trilhados, e as várias opções que poderão existir, ou não, sobre o
futuro deste Museu, que é muito importante para a região do Douro, e a quem
todos desejam, certamente, outro destino que não o encerramento, como não pode
deixar de ser.
Se é verdade que concordo e me
revejo em quase tudo o que ali está escrito, como resposta do BE às questões
colocadas, assinada por Catarina Martins, e que podem ser lidas no respectivo site
http://www.pportodosmuseus.pt/?p=60134,
já as afirmações produzidas em resposta à última questão, que passo a citar: “A forma como o Museu foi gerido até agora
não está isenta de críticas, sabemo-lo bem. Mas o caminho é corrigir erros e
não cometer o maior erro de todos”, carecem de pormenorização e maior
detalhe, para ficarmos todos a saber que erros é que foram cometidos e quais
são as críticas a fazer, certamente com a intenção de os corrigir, melhorando
assim a performance gestionária do próprio museu.
É que, na ausência de referências
concretas sobre tais erros, sou levado a pensar que esta genérica e abstracta
consideração crítica mais não é que o retomar de posições públicas obscenas que
duas pessoas conhecidas como politicamente afectas ao BE (não sei se
militantes, simpatizantes ou seja lá o que for), tiveram num passado não muito
longínquo sobre os Conselhos de Administração da Fundação Museu do Douro,
recorrendo mesmo ao insulto mais baixo, soez e degradante que o ser humano pode
recorrer, dirigido às pessoas que não se vergaram aos interesses pessoais dos
mesmos, nem à falta de honestidade intelectual, nem à falta de verticalidade e
ética profissionais desses senhores, no respeito pelos valores e princípios fundamentais
da conduta e do comportamento humano, que tem de prevalecer sobre todas as
outras coisas.
É que eu lembro-me bem de todos
os insultos de que fui vítima, com os meus colegas do Conselho de
Administração, tendo mesmo eu que recorrer às instâncias judiciais para obrigar
um deles a retratar-se, o que teve mesmo que fazer, para evitar ser julgado
pessoalmente pelos insultos produzidos.
Apenas porque esses senhores
pensavam que a Fundação e o Museu mais não eram que quintais, ou melhor, a quinta
pessoal dos mesmos, onde podiam fazer e desfazer as coisas ao sabor dos seus
interesses... Um, usando o Museu do Douro para se auto promover, a fazer fé nos
relatórios de actividades no período de tempo em que foi responsável pelo mesmo,
e o outro sendo coordenador de um serviço que não existe em mais nenhum museu
do mundo, sendo muito bem
remunerado por isso, quando já era aposentado bancário... E que mesmo assim se não inibiu de prejudicar financeiramente a Fundação Museu do Douro, certamente como prova do carinho e apoio que a instituição (não as pessoas, claro) lhe merece... Serão esses os erros
cometidos a que o Bloco de Esquerda se refere?
É que não vislumbro mais nenhuns...
Ou será que se refere ainda ao
aqui primeiro protagonista referido, que aproveitando a circunstância de eu me
encontrar envolvido numa luta política autárquica, aproveitou oportunisticamente
a “onda” para me rebaixar aos olhos de todos, chamando-me aldrabão,
escudando-se no direito a manifestar uma opinião política para me insultar
pessoalmente, em acto intelectual profundamente desonesto, fazendo afirmações
aviltantes, mais típico de um terceiro mundismo onde ainda se confundem (e
fundem) propositadamente as pessoas com as instituições?
Enfim... Seria bom que o Bloco de
Esquerda, a quem saúdo pelas posições correctas e desassombradas com que tem
encarado as questões da cultura em Portugal, e particularmente as que se
referem ao sector do património cultural, muito pelas esclarecidas posições de
Catarina Martins, não se deixasse aqui enredar no interesse comezinho e baixo
de duas ou três pessoas que ainda insistem em afundar mais o Museu do Douro,
que é de todos e não apenas de um ou dois iluminados, por muito que os mesmos tenham
contribuído para o seu desenvolvimento e construção, como reconheço que fizeram
num determinado tempo, porque eu sou suficientemente isento e honesto para o
reconhecer publicamente, como sempre o fiz!
Agostinho Ribeiro.
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