quinta-feira, 14 de junho de 2007

Insultos, calúnias e difamações…



O senhor Eng. Francisco Lopes acha-se no direito, pelo facto de desempenhar funções de Presidente da Câmara Municipal de Lamego, de pôr em causa a honradez e a dignidade profissionais da minha pessoa, por afirmações menos abonatórias que já proferiu em diversas ocasiões, em contexto de funções municipais, ou em momentos públicos com publicidade assegurada nos meios de comunicação social.
O Jornal do Douro também já o tentou fazer por diversas vezes, perdendo-se a conta aos “ditos” em que, semana após semana, de forma acintosa e verrinosa, foram ensaiando a destruição da minha imagem pública de museólogo e de pessoa honesta, no âmbito das minhas actividades profissionais.
Entre muitas desconsiderações de somenos importância, porque apenas demonstram fraqueza de espírito e ausência de sublimidade no exercício de funções públicas, por parte de quem as produziu, retenho com particular desagrado as graves afrontas que me foram feitas a propósito da Bienal da Prata e da Fundação do Museu do Douro, uma e outra iniciativas do maior interesse público para Lamego e para a região duriense, a merecerem comportamentos bem mais elevados que a baixa e mesquinha fórmula da atoarda vil, da ameaça estulta e do levantamento de suspeições menos lícitas, esses sim representando verdadeiros crimes de carácter, por nunca terem sido acompanhadas com a apresentação das exigíveis provas confirmadoras que atestassem a veracidade das afirmações produzidas.
Ou seja, insultar e difamar os outros parece ser um direito inalienável deste senhor, mas receber as críticas dos seus opositores já passa para a esfera dos insultos e das calúnias, como se os valores e os princípios que nos devem reger a todos apenas devessem ser aplicados a alguns, entenda-se, apenas a favor dos que são seus seguidores e apaniguados. Mas esta é uma atitude que, infelizmente, tem vindo a fazer escola por toda a nossa região…
Quem tiver a paciência de ler as considerações produzidas por este senhor sobre a minha pessoa, expressas em várias actas municipais e em citações escritas em jornais, até pode ser levado ao engano, se não tiver o cuidado de ler e interpretar devidamente tudo o que diz respeito aos assuntos abordados, porque a táctica é mesmo essa – induzir em erro os mais desatentos com o uso indevido e inapropriado de valores e princípios caros à maioria dos nossos concidadãos, pretendendo transformar a mentira subliminar numa pseudo verdade indecente, com o fito de que a mesma se estabeleça na cabeça dos mais desprevenidos como uma verdade irrefutável.
Até ao dia em que, sofrendo também eles na pele o resultado de tão impudente comportamento, despertem para a verdade destas más intenções e passem a contribuir para a sua denúncia pública, como toda a gente de bem deve fazer, em todas e quaisquer circunstâncias, já que diz o povo, e com razão, que “tão ladrão é o que vai à horta, como o que fica à porta”.
E digo isto porque este senhor pretende fazer-se passar por vítima inocente da maledicência alheia, quando ele é, tão simplesmente, um dos seus promotores, qual lobo que veste a pele de cordeiro, balindo candidamente no seio de um rebanho onde estão alguns cordeiros verdadeiros mas onde também, e na maioria dos casos, se encontram outros tantos lobos e raposas, para nos ficarmos apenas por uma metáfora socialmente aceitável.
Insultos, calúnias e difamações… Pelos vistos, todos se queixam do mesmo. Pessoalmente, ao que já fui sujeito nestes últimos tempos, como nunca pensei ser em toda a minha vida, eu e amigos meus, e outras tantas pessoas sérias e honestas que, não sendo sequer minhas amigas, connosco partilham projectos comuns, algumas a serem mesmo prejudicadas profissionalmente por estes senhores, que se não poupam a esforços para destruir os seu adversários, com o objectivo absurdo de tentarem calar as vozes dissonantes que dão a alma e fazem o corpo desta forma de viver civilizada que se chama democracia.
Espero bem que Lamego não seja visto pelas autoridades policiais e judiciais deste país como uma espécie de enclave independente, incrustado no seio de Portugal, ou que seja considerado como um concelho com menos direitos de cidadania que Lisboa.
É que já se fizeram tantas denúncias públicas, já se levantaram tantas questões do foro legal, já nos questionamos sobre tantas situações duvidosas que fazem o dia-a-dia desta Câmara que começa a ser tempo de perguntar onde estão as autoridades judiciais, policiais e de inspecção deste país…
Nós temos cumprido os nossos deveres de cidadania. Os outros que cumpram também os seus deveres, para que se não pense que em Lamego as leis se confundem com privilégios de obscena impunidade… mas apenas para alguns!

Agostinho Ribeiro

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