O senhor Eng.
Francisco Lopes acha-se no direito, pelo facto de desempenhar funções de
Presidente da Câmara Municipal de Lamego, de pôr em causa a honradez e a
dignidade profissionais da minha pessoa, por afirmações menos abonatórias que
já proferiu em diversas ocasiões, em contexto de funções municipais, ou em momentos
públicos com publicidade assegurada nos meios de comunicação social.
O Jornal do
Douro também já o tentou fazer por diversas vezes, perdendo-se a conta aos “ditos”
em que, semana após semana, de forma acintosa e verrinosa, foram ensaiando a
destruição da minha imagem pública de museólogo e de pessoa honesta, no âmbito
das minhas actividades profissionais.
Entre muitas
desconsiderações de somenos importância, porque apenas demonstram fraqueza de
espírito e ausência de sublimidade no exercício de funções públicas, por parte
de quem as produziu, retenho com particular desagrado as graves afrontas que me
foram feitas a propósito da Bienal da Prata e da Fundação do Museu do Douro,
uma e outra iniciativas do maior interesse público para Lamego e para a região
duriense, a merecerem comportamentos bem mais elevados que a baixa e mesquinha
fórmula da atoarda vil, da ameaça estulta e do levantamento de suspeições menos
lícitas, esses sim representando verdadeiros crimes de carácter, por nunca
terem sido acompanhadas com a apresentação das exigíveis provas confirmadoras
que atestassem a veracidade das afirmações produzidas.
Ou seja,
insultar e difamar os outros parece ser um direito inalienável deste senhor,
mas receber as críticas dos seus opositores já passa para a esfera dos insultos
e das calúnias, como se os valores e os princípios que nos devem reger a todos
apenas devessem ser aplicados a alguns, entenda-se, apenas a favor dos que são seus
seguidores e apaniguados. Mas esta é uma atitude que, infelizmente, tem vindo a
fazer escola por toda a nossa região…
Quem tiver a
paciência de ler as considerações produzidas por este senhor sobre a minha
pessoa, expressas em várias actas municipais e em citações escritas em jornais,
até pode ser levado ao engano, se não tiver o cuidado de ler e interpretar devidamente
tudo o que diz respeito aos assuntos abordados, porque a táctica é mesmo essa –
induzir em erro os mais desatentos com o uso indevido e inapropriado de valores
e princípios caros à maioria dos nossos concidadãos, pretendendo transformar a
mentira subliminar numa pseudo verdade indecente, com o fito de que a mesma se
estabeleça na cabeça dos mais desprevenidos como uma verdade irrefutável.
Até ao dia em
que, sofrendo também eles na pele o resultado de tão impudente comportamento,
despertem para a verdade destas más intenções e passem a contribuir para a sua
denúncia pública, como toda a gente de bem deve fazer, em todas e quaisquer
circunstâncias, já que diz o povo, e com razão, que “tão ladrão é o que vai à
horta, como o que fica à porta”.
E digo isto porque
este senhor pretende fazer-se passar por vítima inocente da maledicência
alheia, quando ele é, tão simplesmente, um dos seus promotores, qual lobo que
veste a pele de cordeiro, balindo candidamente no seio de um rebanho onde estão
alguns cordeiros verdadeiros mas onde também, e na maioria dos casos, se
encontram outros tantos lobos e raposas, para nos ficarmos apenas por uma
metáfora socialmente aceitável.
Insultos,
calúnias e difamações… Pelos vistos, todos se queixam do mesmo. Pessoalmente, ao
que já fui sujeito nestes últimos tempos, como nunca pensei ser em toda a minha
vida, eu e amigos meus, e outras tantas pessoas sérias e honestas que, não sendo
sequer minhas amigas, connosco partilham projectos comuns, algumas a serem mesmo
prejudicadas profissionalmente por estes senhores, que se não poupam a esforços
para destruir os seu adversários, com o objectivo absurdo de tentarem calar as
vozes dissonantes que dão a alma e fazem o corpo desta forma de viver civilizada
que se chama democracia.
Espero bem que
Lamego não seja visto pelas autoridades policiais e judiciais deste país como
uma espécie de enclave independente, incrustado no seio de Portugal, ou que
seja considerado como um concelho com menos direitos de cidadania que Lisboa.
É que já se
fizeram tantas denúncias públicas, já se levantaram tantas questões do foro
legal, já nos questionamos sobre tantas situações duvidosas que fazem o
dia-a-dia desta Câmara que começa a ser tempo de perguntar onde estão as
autoridades judiciais, policiais e de inspecção deste país…
Nós temos
cumprido os nossos deveres de cidadania. Os outros que cumpram também os seus
deveres, para que se não pense que em Lamego as leis se confundem com privilégios
de obscena impunidade… mas apenas para alguns!
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