Para gáudio de
quem escreve estas linhas podemos hoje constatar que, afinal, a segunda edição
da Bienal da Prata cá se está a realizar, nas instalações do Museu de Lamego.
Como sempre
pensei que este projecto é estruturante para o desenvolvimento de Lamego e da
Região do Douro, e porque não mudo de opinião com a facilidade do oportunismo,
apraz-me registar a realização do evento e congratular-me com a adesão
incondicional de quem tinha acabado de dizer “cobras e lagartos” da Bienal, e
dos seus mais directos responsáveis.
Que lhes sirva
de lição… Será que começam a aprender alguma coisa, nomeadamente que a
precipitação das considerações abusivas e insultuosas sobre os outros também
lhes pode cair em cima, num retorno mil vezes mais prejudicial?
Para quem disse
o piorio da Bienal da Prata e me perseguiu injuriosamente durante os últimos
tempos a este propósito, não deixa de ser reconfortante verificar tamanha
alteração de comportamento e de posição. Para bem de Lamego, devo dizer! Para
bem de Lamego e da respeitabilidade que estas acções, e seus protagonistas,
devem ter e demonstrar, não somente quando nos dá jeito, mas sempre e em todas
as circunstâncias que rodeiam e caracterizam tais eventos.
Mas é preciso
ter cuidado com aquilo que se diz e escreve, com aquilo com que se pactua ou
não, com a verdade ou a falsidade das afirmações que produzimos, porque não
vale a pena tentar enganar as pessoas e fazer passar ideias e mensagens que não
correspondem à verdade, por muito que isso seja mediaticamente relevante para a
tentativa de agradar a alguns sectores da sociedade lamecense.
Por exemplo,
vir afirmar que o senhor Presidente da Câmara de Lamego propôs a execução de
uma coroa de prata para oferecer a Nossa Senhora dos Remédios, quando essa
ideia e proposta já existia muito antes dele ser Presidente da Câmara, no seio
da direcção da Associação Bienal da Prata, precisamente para ser concretizada
no âmbito desta segunda edição, é usurpar a ideia de outros e não abona para a
credibilidade dos seus autores.
E que não se
pretenda também fazer crer que o projecto do Museu da Prata Civil resulta deste
novo bom entendimento entre a Associação e a Câmara Municipal de Lamego, porque
também a ideia deste projecto é muito anterior a este entendimento e apenas
esperava pelas condições adequadas para o pôr em andamento.
Que aqui fique registado
para memória futura, para que ninguém alcance sem direito aquilo que rectamente
a outros pertence!
Tudo isto sem
prejuízo, evidentemente, das nossas genuínas felicitações a todos os
intervenientes no processo de construção de tais projectos, sejam eles os de
recentíssima adesão ou os de maior profundidade histórica na sua embrionária
formatação.
E já agora… Vi
na inauguração o senhor director do Jornal do Douro e os seus correligionários,
que me injuriaram sistematicamente a propósito da Bienal, mas não os ouvi
perguntar, seja a quem for, pelas contas da mesma… A que se deverá tamanha
cambalhota de posicionamento e tamanho silêncio de hoje depois de toda a
gritaria de ontem? Pelos vistos estes senhores gostam, de vez em quando, de se
fazer passar por gente séria.
Quem navega
exclusivamente ao sabor dos ventos do oportunismo cedo se transforma em
náufrago da sua errática condução!
Agostinho
Ribeiro
P.S. – Houve
quem não tivesse gostado de ler o meu artigo sobre o Congresso do PS. Respeito
as opiniões dos outros como aprecio que respeitem as minhas.
Mas invectivarem-me
por dizer aquilo que, ironia das ironias, poucos dias depois o Senhor
Presidente da República haveria de dizer (à sua maneira) numa entrevista
nacional, só pode ser interpretado como uma brincadeira de extremo mau gosto e
de falta de respeito por quem tem a coragem de expor publicamente as suas
ideias.
E que se saiba,
o Senhor Presidente da República não é socialista…
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