O senhor
Humberto Costa, director do Jornal do Douro, insiste em exigir explicações, da
minha parte, sobre as contas da Bienal da Prata. Mais recentemente alargou o
âmbito das suas exigências e agora já quer que eu explique mais algumas coisas
sobre a Bienal, para “desculpar” e “disfarçar” as sucessivas insinuações que
tem vindo a fazer recair sobre a minha pessoa, a propósito daquelas contas.
Mas antes que
aconteça ter de ir, ele próprio, dar algumas explicações no lugar devido, já se
vem desculpando com o argumento de que não coloca em causa a minha honestidade.
Para sabujice da grossa e hipocrisia da barata não há melhor exemplo que o dado
por este senhor.
O labéu está
lançado, a dúvida na opinião pública está garantida e agora toca a meter a
“viola no saco”, como só um poltrão digno desse nome o pode e sabe fazer. E
para finalizar o ramalhete do repugnante subterfúgio, só faltará vir dizer que
quem escreve aqueles artigos não é ele, mas sim o senhor José Correia da Silva,
mais conhecido por “senhor Pinto”, conforme cobardemente já fez em tribunal,
quando teve de responder por crimes de difamação contra o Senhor Prof. José
António Santos, para assim conseguir escapar às malhas da justiça em alguns dos
crimes de que vinha acusado.
Já todos
percebemos que este senhor funciona na lógica de uma associação pouco
recomendável, em que o “chefe” dá o mote e os seus indizíveis “serventes”
rastejam logo a cumprir escrupulosamente o roteiro da maledicência, até à
exaustão, só parando quando atingem os seus ínvios objectivos, ou então quando
deixa de lhes ser conveniente prosseguir na senda da difamação.
Só assim se
percebe o facto de ter sido após o mote, dado pelo senhor Presidente da Câmara,
ao dizer que só voltaria a abordar o tema da Bienal quando lhe fossem
apresentadas as contas da mesma (que desprezível impostura!), que os
subservientes servidores começaram a reescrever sobre o assunto, após 5 anos de
silêncio sobre as mesmíssimas matérias e assuntos que agora fazem ressuscitar.
É que as
questões que estes senhores agora me colocam, são as mesmas que colocaram ao
então Presidente da Direcção da Associação Bienal da Prata, o ex-director Dr.
Manuel Cabral, já lá vão 5 anos, tendo sido tudo devidamente respondido e
explicado na altura, como muito bem sabem estes difamadores profissionais, e
eles próprios confirmam, embora não concordem, como se pode ler nos artigos que
escreveram em 13 e 20 de Setembro, 1 de Novembro e 27 de Dezembro, todos do ano
de 2001.
Cabe então
levantar esta questão – porque razão, ao fazerem as mesmas perguntas que
fizeram há 5 anos, as não fazem ao mesmo destinatário de então, ou seja, ao
director responsável, em primeira linha, por todo o processo, e que se chama
Manuel Cabral? Por ele ser hoje um destacado membro do gabinete do Presidente
da Câmara Municipal do Porto e, como tal, companheiro e amigo político, a quem
se não devem colocar esse tipo de questões?
Mas nesses
artigos de opinião, que então escreveram, não pouparam exprobrações ao Dr.
Manuel Cabral e ao Prof. José António Santos, na clara e inequívoca intenção de
denegrir a imagem daqueles Senhores, e da Bienal da Prata, perante o sucesso
que aquela realização se antevia poder vir a ter, como de facto teve.
Hoje, tudo é
diferente, já que eu sou o único objecto directo da difamação e das insinuações
desses senhores, por razões exclusivamente políticas. Senão vejamos:
- Ao Senhor
Prof. José António Santos, embora condenados por crimes de difamação, por
tardia que foi tal condenação, conseguiram atingir os seus objectivos...
- Ao Senhor Dr.
Manuel Cabral, não é conveniente levantar qualquer questão, por ele ser hoje um
destacado elemento político da mesma família partidária…
Mas não se
esqueçam deste pequeno pormenor, que faço questão de levar às últimas consequências
– quando me colocam qualquer interrogação, na qualidade de director, que fui,
da Bienal da Prata, estão a colocá-la a toda a direcção, que era composta por 5
directores solidários, bem como ao director executivo da mesma, e ainda aos
restantes órgãos desta Associação.
Explique-se lá,
senhor director do jornal do Douro, e diga a todos porque razão, sabendo perfeitamente
tudo isto que sabe, já lá vão mais de 5 anos, faz agora de conta que não sabe,
e vem brandir contra mim, e apenas contra mim, o espectro das contas e das
restantes questões relacionadas com a Bienal da Prata?
Hoje, de facto,
tudo é diferente! Tudo, menos uma coisa – esses senhores continuam iguais a si
próprios, destilando ódios e promovendo quezílias, difamando pessoas e
rebaixando adversários, promovendo a mediocridade e a incompetência, e
defendendo a ilegalidade e a imoralidade no tratamento das coisas que são de
interesse público.
E no topo desta
pirâmide lá se encontra o que mais tem beneficiado com esta pouca vergonha toda,
qual lobo vestindo a pele de cordeiro, assessorado pela eminência parda deste
podre regime local, que de tão podre que é há-de levar a que os lamecenses, um
dia, dêem conta do logro em que caíram.
Já faltou
mais…!
Agostinho
Ribeiro
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