É com
indisfarçável satisfação e orgulho que hoje pretendo partilhar algumas
considerações sobre o andamento do processo deste Museu. Este é certamente,
como todos sabemos muito bem, um dos mais aliciantes e promissores projectos
que o Douro tem em construção e que vai resultar numa enorme mais-valia
cultural e económica para todo o território que serve.
Somos
defensores de uma postura que assume integralmente a ideia de que a modernidade
se constrói hoje na base da cultura, do conhecimento e da informação, elementos
insubstituíveis na formatação dos instrumentos que provocam o desenvolvimento,
sobretudo nas zonas mais desprotegidas e carenciadas, como é, ainda e
infelizmente, o nosso Douro.
Numa verdadeira
corrida contra o tempo, contra algumas infelicidades de percurso e outras
tantas incompreensões, temos vindo a conseguir cumprir integralmente os
objectivos a que a Fundação do Museu do Douro se propôs, desde a sua criação,
em Março do corrente ano, de forma a não se perder nenhum dos recursos
financeiros que o actual quadro comunitário ainda nos disponibiliza,
nomeadamente no que se refere ao apoio financeiro do POC (Programa Operacional
da Cultura) ao projecto de Concepção/Construção do Edifício Sede da Fundação
Museu do Douro, com o objectivo de adaptar a Casa da Companhia, no Peso da
Régua, a estas novas e dignas funções.
Sendo um projecto
ambicioso, com um custo estimado em cerca de cinco milhões de euros, só para a
componente de obra civil, à qual se terá que dar a devida sequência em
mobiliário e equipamento administrativo, de função e museográfico, (sem falar,
obviamente, nos custos de funcionamento) este é também um projecto exequível
nas suas diversas vertentes constitutivas, já que a Fundação do Museu do Douro
se assume como uma entidade dinâmica e promotora de acções que visam colocar o
Douro no centro das atenções (e de saudáveis discussões) públicas, capazes de
proporcionar a captação de interesses e investimentos, públicos e privados, no
território duriense.
É reconfortante
verificar que, no momento em que escrevo estas linhas sobre o Museu da Região
do Douro, já mais de quinze empresas solicitaram o respectivo processo de
candidatura, o que nos permite augurar um bom resultado final, até pela
qualidade e rigor conhecidos da maioria das empresas/arquitectos que entenderam
analisar o processo com vista a uma eventual candidatura.
Este Museu, que
se não esgota, evidentemente, nas quatro paredes da Casa da Companhia, antes se
deve e vai projectar por todo o território duriense, tem vindo a construir, em
paralelo, uma equipe técnica dotada das competências necessárias a um
desempenho de excelência, de maneira a que possa cumprir, a muito curto prazo,
os objectivos estratégicos a que se propôs no início da sua existência.
Terei um enorme
prazer em trazer, de vez em quando, notícias sobre a natureza, missão e
objectivos deste Museu, bem como das acções em que o mesmo se encontra
envolvido, até para podermos aquilatar da qualidade dos projectos que a mesma
desenvolve.
Neste
brevíssimo e tão parcelar apontamento apenas vos quis transmitir a informação
de que o Museu da Região do Douro tem vindo a cumprir, zelosamente, o
calendário que estabeleceu, em resultado do esforço de uma equipa onde todos se
respeitam, fazendo o melhor do que sabem e podem, colocando sempre o projecto
acima dos seus interesses pessoais, numa dádiva e entrega de rara beleza e
sentido de serviço público, que já se não encontra em muitos lados.
Desde os
membros do Conselho de Administração, passando pela totalidade da Equipa
Técnica que o constitui (Museu), até ao conjunto de Fundadores que a compõem
(Fundação), todos são, sem excepção, elementos imprescindíveis à construção
deste Museu que é, também, o retrato vivo e dinâmico do Douro e dos durienses.
Agostinho
Ribeiro
Sem comentários:
Enviar um comentário