quinta-feira, 3 de agosto de 2006

O Museu da Região do Douro



É com indisfarçável satisfação e orgulho que hoje pretendo partilhar algumas considerações sobre o andamento do processo deste Museu. Este é certamente, como todos sabemos muito bem, um dos mais aliciantes e promissores projectos que o Douro tem em construção e que vai resultar numa enorme mais-valia cultural e económica para todo o território que serve.
Somos defensores de uma postura que assume integralmente a ideia de que a modernidade se constrói hoje na base da cultura, do conhecimento e da informação, elementos insubstituíveis na formatação dos instrumentos que provocam o desenvolvimento, sobretudo nas zonas mais desprotegidas e carenciadas, como é, ainda e infelizmente, o nosso Douro.
Numa verdadeira corrida contra o tempo, contra algumas infelicidades de percurso e outras tantas incompreensões, temos vindo a conseguir cumprir integralmente os objectivos a que a Fundação do Museu do Douro se propôs, desde a sua criação, em Março do corrente ano, de forma a não se perder nenhum dos recursos financeiros que o actual quadro comunitário ainda nos disponibiliza, nomeadamente no que se refere ao apoio financeiro do POC (Programa Operacional da Cultura) ao projecto de Concepção/Construção do Edifício Sede da Fundação Museu do Douro, com o objectivo de adaptar a Casa da Companhia, no Peso da Régua, a estas novas e dignas funções.
Sendo um projecto ambicioso, com um custo estimado em cerca de cinco milhões de euros, só para a componente de obra civil, à qual se terá que dar a devida sequência em mobiliário e equipamento administrativo, de função e museográfico, (sem falar, obviamente, nos custos de funcionamento) este é também um projecto exequível nas suas diversas vertentes constitutivas, já que a Fundação do Museu do Douro se assume como uma entidade dinâmica e promotora de acções que visam colocar o Douro no centro das atenções (e de saudáveis discussões) públicas, capazes de proporcionar a captação de interesses e investimentos, públicos e privados, no território duriense.
É reconfortante verificar que, no momento em que escrevo estas linhas sobre o Museu da Região do Douro, já mais de quinze empresas solicitaram o respectivo processo de candidatura, o que nos permite augurar um bom resultado final, até pela qualidade e rigor conhecidos da maioria das empresas/arquitectos que entenderam analisar o processo com vista a uma eventual candidatura.
Este Museu, que se não esgota, evidentemente, nas quatro paredes da Casa da Companhia, antes se deve e vai projectar por todo o território duriense, tem vindo a construir, em paralelo, uma equipe técnica dotada das competências necessárias a um desempenho de excelência, de maneira a que possa cumprir, a muito curto prazo, os objectivos estratégicos a que se propôs no início da sua existência.
Terei um enorme prazer em trazer, de vez em quando, notícias sobre a natureza, missão e objectivos deste Museu, bem como das acções em que o mesmo se encontra envolvido, até para podermos aquilatar da qualidade dos projectos que a mesma desenvolve.
Neste brevíssimo e tão parcelar apontamento apenas vos quis transmitir a informação de que o Museu da Região do Douro tem vindo a cumprir, zelosamente, o calendário que estabeleceu, em resultado do esforço de uma equipa onde todos se respeitam, fazendo o melhor do que sabem e podem, colocando sempre o projecto acima dos seus interesses pessoais, numa dádiva e entrega de rara beleza e sentido de serviço público, que já se não encontra em muitos lados.
Desde os membros do Conselho de Administração, passando pela totalidade da Equipa Técnica que o constitui (Museu), até ao conjunto de Fundadores que a compõem (Fundação), todos são, sem excepção, elementos imprescindíveis à construção deste Museu que é, também, o retrato vivo e dinâmico do Douro e dos durienses.

Agostinho Ribeiro

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