quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Algumas notas avulsas



Regressado a Lamego, após duas semanas de férias, sou confrontado com as mesmíssimas insinuações à minha pessoa, a raiar o insulto baixo e a demonstrar uma congénita falta de educação, por parte de quem insiste em pensar que eu serei da mesma natureza deles, dos que, porfiadamente, não olham a meios para atingir os tão almejados fins de denegrir a imagem dos outros, só porque se atrevem a pensar e a agir de maneira diferente.
Cada um tem os adversários que merece, mas eu confesso que estava convencido que merecia mais que este triste espectáculo de ser o alvo sistemático e preferido da coluna de um jornal cujo director acabou, há bem pouco tempo, de ser condenado judicialmente por crimes de difamação. Adiante... O tempo o dirá, e eu não me calarei na defesa da minha honra, quando para isso tiver que usar de todas as prerrogativas que o Estado Democrático e de Direito me confere, não deixando então de as exercitar até às últimas consequências.
Até lá, reitero a manutenção de um prudente silêncio para não prejudicar os interesses mais elevados de Lamego, sem nunca me vergar perante quem tem a plena consciência do que insinua e, consequentemente, dos resultados que daí podem advir.
Se a política fosse mais nobre, em Lamego, e alguns dos meus adversários (felizmente que nem todos assim são) fossem dotados de uma maior dignidade e decoro na forma de agir e de dizer as coisas, e talvez estivéssemos todos a discutir ideias e projectos de interesse superior para a nossa terra, como tenho tentado fazer nos meus artigos de opinião, e não andar enredado nas tramas que estes senhores vão urdindo, com os objectivos já bem conhecidos de todos nós, mas com as consequências judiciais também já conhecidas.
Estes senhores devem mesmo andar a necessitar de maior protagonismo ou, no minimo, a tentar obter maior visibilidade à custa dos outros, entenda-se, dos que têm dedicado uma vida inteira de trabalho honesto à causa pública, na maioria dos casos dispendendo recursos dos seus próprios bolsos, e que, em vez de serem minimamente reconhecidos, são vilipendiados por quem, de curriculo passado em defesa e em prol de Lamego, nos oferecem uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.

Costuma-se dizer que os actos ficam com quem os praticam, mas os actos que ferem a dignidade e a seriedade dos outros não podem, nem devem, morrer no esquecimento das pessoas de bem.
Da minha parte podem ter a certeza que o farei sem desfalecimentos, como jamais deixarei de tudo fazer para que os interesses colectivos se sobreponham, sempre, aos torpes interesses de algum, ou alguns que, a coberto de umas quaisquer vitórias eleitorais, se arvorem no direito de tentar espezinhar os adversários, de insinuar desmandos não provados, de vilipendiar tudo e todos, como se essa cobertura os transformasse em cidadãos com o privilégio de poderem viver ao arrepio e acima da lei, desrespeitando quem ousa opor-se às suas duvidosas aspirações.

Agostinho Ribeiro

Sem comentários:

Enviar um comentário