Hoje vou tentar
discorrer sobre os conteúdos produzidos pelos meus detractores, que insistem em
continuar a atirar-me pedras, sem se terem ainda percebido da quantidade de
telhados de vidro que possuem.
Como gosto de
ser claro e objectivo nas apreciações, considerações e afirmações que produzo,
esclareço que me dirijo ao sr. Humberto Costa, director do Jornal do Douro, por
ser o responsável, em última instância, por tudo quanto nesse jornal se escreve
e que não vem assinado. No entanto, sei perfeitamente quem são os responsáveis
pela prosa baixa, ordinária e insultuosa com que me brindam recorrentemente, e
passarei a designar esses senhores por “correligionários” do sr. Humberto
Costa.
Peço ainda, e
antecipadamente, perdão a todos quantos me honram com a leitura destes meus
escritos, pelo facto de hoje fugir ao teor normal dos meus textos, mas tentarei
fazê-lo com a elevação e o respeito que me merecem, excluindo, obviamente, os
meus detractores, uma vez que é certo que o lerão apenas e tão somente para, de
seguida, truncar, subverter e distorcer tudo quanto eu possa aqui deixar
escrito.
Sem perder
tempo com matérias menores, pela irrelevância indigente das mesmas, fixo-me na
constatação de que os meus detractores ainda não descortinaram nada de
relevante nos textos que já escrevi. Percebo-lhes a falácia intelectual…
Ou seja,
matérias relacionadas com as metodologias adoptadas para se conseguir obter
ganhos para Lamego, que não passem por manifestações de rua; fundamentação
histórica sobre a inadequada opção de mudar o logótipo do município lamecense,
pela importância que tal símbolo encerra; argumentação sustentada para defender
uma alternativa ao figurino municipal da empresa pública acabada de criar;
considerações sobre princípios éticos e morais que devem presidir a quem
desempenha funções públicas; e defesa de uma cultura da responsabilidade para
evitar o desleixo, a corrupção e o compadrio, são matérias irrelevantes para o
sr. Humberto Costa e correligionários.
Relevante,
relevante, para estes senhores, é a caquita que a minha cadelinha de estimação,
com menos de dois palmos de altura, faz junto das árvores, na cidade de Lamego,
aquando do seu passeio higiénico. Fantástica a visão estratégica desta gente
para a cidade e para o concelho de Lamego!
Eu até consigo
perceber a obstinada preocupação destes senhores pela porcaria, mas no caso
vertente, mais pela que eles próprios produzem, e bem menos pela que é
produzida por um animal de estimação que foi, pela minha família, “salvo” de
ser mais um animal abandonado, deixado à sorte do acaso e da má consciência
humana.
Mas sobre isto
ainda direi mais – é que eu uso sacos de plástico para recolher os dejectos
produzidos pela minha cadelita, quando a levo no seu passeio higiénico. Que
aborrecimento, não é? Esta verdade é que não dá mesmo jeito nenhum às vossas pérfidas
intenções… Querem os senhores ver que ainda vou passar a ser considerado, nesta
matéria, como cidadão exemplar, coisa que o sr. Humberto Costa e
correligionários tanto querem, precisamente, contrariar? É certo que o não
fazia sempre, como certo é que o não deixarei de fazer para evitar conspurcar a
cidade de Lamego.
Faça o sr.
Humberto Costa a mesma coisa, em relação a si e aos seus correligionários e,
certamente, teremos uma cidade bem mais limpa e asseada do que a que temos
actualmente.
Espero que
tenha percebido o sentido figurado da afirmação…
É evidente que
o sr. Humberto Costa, e correligionários, pretendem com esses textos denegrir a
minha imagem de cidadão, não se coibindo de me chamar, sub-repticiamente, cão,
bastando para isso ler o seguimento das ordinarices contra mim (e outros)
proferidas. E trazem à colação, desta vez, a minha intenção eleitoral de ser
uma espécie de provedor municipal, como se tal objectivo fosse incompatível com
o direito de me passear na via pública com a cadelita de estimação que possuo.
Era agora o que faltava…!
E permitam-me
que lhes diga, senhores Humberto Costa e correligionários, que se a Justiça
fosse mais expedita, célere e eficaz na sua actuação, não teriam tanto tempo
disponível para andarem a tentar denegrir o bom nome dos outros, na tentativa
de os colocarem ao vosso nível.
A esta hora
estariam, seguramente, mais preocupados em explicar como é que o IPTM –
Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos comprou publicidade no jornal
do sr. Humberto Costa, em período de eleições autárquicas, quando o mesmo (jornal)
se encontrava em situação irregular, sabendo-se que um dos administradores
desse Instituto Público do Estado Português era, precisamente, o candidato da
coligação que o jornal do Douro apoiava, apoiou e apoia, de forma parcial,
injusta, ilegal, continuada e reiteradamente, nada condicente com as exigências
da imparcialidade e da ética jornalística que devem presidir aos órgãos de
comunicação social minimamente dignos desse nome.
Que
promiscuidade mais vergonhosa e descarada, a tentar colocar Lamego no pedestal
dos quatro ou cinco concelhos deste País que são mais conhecidos pelas piores
das razões mediáticas.
Será que o
Ministério Público ainda vai a tempo? Ou já prescreveu? Sempre gostava de obter
uma resposta segura sobre isto, no exercício dos meus direitos de cidadania que
jamais alienarei.
A propósito do roubo
da viatura municipal, um tão insólito como estranho desaparecimento, aproveito
para chamar a atenção dos leitores que nenhuma explicação detalhada foi dada
aos lamecenses por quem de direito, sendo importante apurar devidamente o
lugar, hora e eventuais responsáveis e cúmplices de tão infausto acontecimento,
solicitando daqui às autoridades policiais e judiciais para que não demorem nas
investigações e consequente apuramento das causas e circunstâncias em que tal
se verificou.
Este vai passar
a ser um assunto que merecerá a minha maior atenção.
Agostinho
Ribeiro
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