quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O bom-nome de Lamego! (1)




Infelizmente estamos a ser confrontados com mais uma notícia, nos órgãos de comunicação social nacionais, lesiva do bom-nome e honorabilidade de Lamego, agora a propósito de suspeitas de corrupção que recaem sobre dirigentes do Sporting Clube de Lamego.
Como não podia deixar de ser, e certamente que todos os lamecenses de bem comungam comigo esta mesma sensação, só posso lamentar profundamente o ocorrido e manifestar a minha enorme tristeza por ter de assistir, impotente, a mais uma situação que relaciona Lamego ao que de mais negativo acontece neste país, projectando os lamecenses para a pior das formas de visibilidade pública no todo nacional.
E desejar que rapidamente se apure a verdade dos factos, para que o nome de Lamego se não veja eternizado nos telejornais e restante comunicação social em permanente associação à palavra corrupção que é, como todos bem sabemos, a pior maleita que actualmente aflige a nossa sociedade democrática.
Já uma vez tive oportunidade de me referir a esta problemática grave da corrupção no nosso país, mas estava então muito longe de pensar que iríamos ser todos tocados e abalados por este caso, de tão próximo que ele está de todos os lamecenses.
Mas esta tristeza e lamento não significam surpresa, já que começamos a ficar habituados a este tipo de abordagem mediática, pelas piores razões que não só as da corrupção, desde que o actual executivo passou a comandar os destinos de Lamego. O ritmo tem sido alucinante e tem tido origem nas pessoas que deveriam ser as primeiras a tudo fazer para evitar mediatismos deste género, atentatórios à dignidade e ao bom-nome de Lamego.
Ou seja, desde que o Eng. Francisco Lopes assumiu as funções de Presidente da Câmara de Lamego que assistimos, de forma sistemática e continuada, à visibilidade noticiosa de Lamego por desprestigiantes e más razões, que nos colocam num ranking nada apetecido, do ponto de vista da imagem pública de qualquer terra que se preze de ser constituída por gente de bem.
Brejeirices tolas, retaliações vingativas por razões políticas, suspeitas de fuga ao fisco ou de duvidosos sinais exteriores de riqueza, mentiras relacionadas com um suposto crime de furto, tentativas bacocas de ludibriar os cidadãos lamecenses relacionadas com bens públicos, e um subsídio municipal cujo destino se liga indissociavelmente a um suspeito acto de corrupção, constituem a súmula de alguns dos actos directamente protagonizados pelo senhor Eng. Francisco Lopes, enquanto Presidente da Câmara Municipal de Lamego, que mereceram, e merece actualmente, tratamento na nossa comunicação social nacional, atentatória da dignidade de todos os lamecenses, que esse senhor deveria saber representar com maior dignidade e elevação.
Na próxima semana tecerei algumas considerações sobre cada um destes seis “casos”, que aqui trarei à memória de todos os lamecenses, porque faz parte da minha natureza demonstrar e provar devidamente tudo o que afirmo.
E porque, precisamente, devemos ter boa memória das coisas, recordo aqui que os dois anteriores executivos foram vítimas, em oito anos de exercício de funções, de dois casos mediáticos nada abonatórios para o bom-nome de Lamego. E recordo bem que, de imediato, foram resolvidos em conformidade com a lei e com as boas práticas políticas, tendo um deles levado mesmo à demissão de um homem sério, que nem sequer era directo responsável pelo que tinha sucedido, como todos estaremos bem lembrados.
Nestes dois casos, nenhum dos então responsáveis políticos municipais estava implicado!
Agora, em apenas dois anos, verificamos a existência de, pelo menos, quatro casos de idêntica ou maior gravidade que aqueles que tão duramente criticaram, mas de consequências nulas e de nenhum efeito para os seus directos e indirectos responsáveis, que são os actuais líderes políticos da nossa Câmara Municipal.
Percebemos a razão – se estes senhores tomassem a mesma atitude séria e honesta dos responsáveis que os antecederam, já não haveria sequer executivo municipal!
Pobre terra a nossa, que teve a ingenuidade de depositar o seu destino colectivo nas mãos de quem depositou…

Agostinho Ribeiro

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