quinta-feira, 6 de julho de 2006

Um dia pela Vida



Deu-se por concluída, a semana passada, uma das realizações públicas colectivas mais significativas e importantes de que há memória na comunidade lamecense.
Refiro-me ao projecto “Um dia pela Vida”, que congregou vontades, uniu pessoas e instituições num espírito saudável e tão sublime de dedicação a uma causa comum, para ajudar a fazer face a um flagelo que, a todo o momento, nos pode também bater à porta.
Com o intuito de ajudar a Liga Portuguesa contra o Cancro, um grupo de cidadãos lamecenses entendeu levar a cabo um sem número de actividades e realizações, organizados em equipas, dando o melhor que podiam e sabiam, num espírito louvável de partilha e de entrega a esta causa tão nobre que só nos enriquece e engrandece a todos, enquanto cidadãos e comunidade.
Sei que o resultado desta “operação” se saldou num redundante êxito de natureza financeira, ajudando a garantir a permanência da carrinha de rastreio do cancro da mama, que estava em perigo de não continuar a sua profilática missão o que, só por si, representa um sucesso considerável desta iniciativa.
Mas a par deste sucesso, gostaria de sublinhar a importância do espírito de entrega, da solidariedade, da partilha e da integração de tanta e tanta gente de boa vontade, demonstrando que em Lamego há muita gente de bem, gente que se preocupa com os outros, gente que não regateia esforços para alcançar benefícios comuns… Enfim, gente mais preocupada com o bem-estar dos outros, que apenas e tão-somente com o seu próprio e exclusivo bem-estar.
Que bonita lição de sensibilidade e de humanidade recebemos todos, porque todos participamos, recebemos e ofertamos, cada um à sua maneira, um pouco de nós próprios a esta nobre causa. Todos soubemos e tivemos plena consciência que, ao dar um bocadinho de nós, estávamos a receber muito mais, incomensuravelmente mais, porque todos estamos certos que um sorriso, algures, anónimo, ser-nos-á retribuído por alguém, quando tiver a sorte de beneficiar dos resultados desta sublime “missão”.
O dia 17 de Junho foi, pois, uma jornada paradigmática e bem ilustrativa dos valores mais elevados que devem nortear uma sociedade que preza e ama os seus iguais, que os sabe apoiar nos momentos difíceis, porque a solidariedade não tem preço e o amanhã pode transformar-nos em receptores privilegiados das dádivas desinteressadas de hoje.
Todos estamos de parabéns…Todos, sem excepção, todos os que se envolveram directa e indirectamente neste projecto de eleição.
Na pessoa da Dr.ª Marina Valle, enquanto primeira responsável pelo trabalho desenvolvido ao longo destes seis meses, e dos excelentes resultados produzidos, felicito toda a sociedade lamecense, que soube interpretar, de forma magistral, um tão alto desígnio humano.

P.S.  – Já não tenho muita paciência para aturar mentecaptos. Se alguém entende que eu não digo a verdade no que escrevo, e se sente afectado com isso, que faça o obséquio de me interpelar junto das instâncias judiciais competentes. Terei todo o gosto em demonstrar a veracidade das minhas afirmações.

Agostinho Ribeiro

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