Sobre a minha participação, que muito me honra, como
vogal na Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e
das Comunidades Portuguesas, 2015, a realizar em Lamego, importa
esclarecer junto dos meus concidadãos lamecenses, o seguinte:
1 – O Dia de Portugal não é, por
essência e definição, propriedade particular de nenhum partido, pessoa ou grupo,
nem está refém de interesses estranhos à sua específica natureza e condição, de
dimensão nacional e projeção internacional, sempre e em todas as circunstâncias
e lugares onde ocorre, e em que têm ocorrido as respetivas comemorações;
2 – O Dia de Portugal não é
nenhum detergente ou branqueador que possa servir de pretexto ou razão para “lavar” ou “branquear”
seja o que for, porque não é sua função simbólica, do mais alto significado
para Portugal, constituir-se como motivo para validar práticas
políticas, sejam elas boas ou más, mereçam elas, ou não, a nossa concordância
ou adesão;
3 – O Dia de Portugal é o dia de
todos os portugueses, independentemente das suas convicções políticas e
filiação partidária, e de todo o território nacional e da diáspora, sob a
responsabilidade tutelar do mais Alto Magistrado da Nação, como deve ser num
País Democrático como é o nosso;
4 – O Dia de Portugal, de Camões
e das Comunidades Portuguesas diz respeito a todos os portugueses, e eu sou um
deles, com todos os direitos e deveres associados a esta inata e nobre condição.
Por estas razões, integrar a
Comissão Organizadora das Comemorações do 10 de junho, em 2015, na cidade de
Lamego é, para mim, uma honra e um dever – honra por ter merecido tal
distinção, juntamente com outras pessoas que muito estimo; e um dever de cidadania
porque, tratando-se de Portugal e dos portugueses, no seu todo e não em
qualquer uma das partes que o constitui, a ninguém que defenda os valores da
democracia e da república se permitirá furtar a tamanha responsabilidade
nacional.
Por tudo isto, agradeço ao Senhor
Presidente da República o convite que me endereçou, e agradeço a todos os que tiveram a amabilidade de sugerir o meu nome, na certeza de que as comemorações de 10 de
junho de 2015 prestigiarão, uma vez mais, Portugal, no seu território e além-fronteiras, e prestigiam a
cidade de Lamego e as suas gentes, como cidade secular e histórica cujo papel
relevante na fundação e afirmação da nacionalidade jamais pode ser esquecida ou
obliterada, e muito menos amputada na sua nobreza e dignidade, por razões conjunturais
e circunscritas a um tempo político de reduzida dimensão, que é o nosso.
É tão simples quanto isto!
Obrigado.
Agostinho Ribeiro
Estou incondicionalmente de acordo com cada uma das tuas palavras neste texto.
ResponderEliminarParabéns uma vez mais, coragem e bom trabalho.
Um forte abraço
Melo