quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Estrutura de Missão para o Douro



A Resolução do Conselho de Ministros nº 116/2006, publicada em 20 de Setembro do ano passado, estabeleceu os termos da criação da Estrutura de Missão para a Região Demarcada do Douro.
Podemos afirmar que esta Estrutura de Missão surge por iniciativa do Senhor Primeiro-ministro de Portugal, apostado que está em contribuir para a resolução dos problemas sociais e económicos que afectam a nossa região.
Como todos estaremos certamente lembrados, a notícia da criação desta Estrutura foi publicamente lançada aquando da visita do Eng. José Sócrates ao Douro, por ocasião da sessão inaugural das Comemorações dos 250 anos da constituição da Região Demarcada do Douro, e todos nós nos congratulamos então com esta útil e tão necessária iniciativa. Esta congratulação deveu-se ao facto de ninguém ter dúvidas sobre a importância estratégica que uma estrutura desta natureza poderia ter para o Douro, se o Governo soubesse e desejasse dar a continuidade devida a um projecto como este, por forma a que não ficássemos, uma vez mais, tristemente reduzidos ao amargo sabor de mais um acto público “muito bonito”, mas sem consequências práticas para o bem estar dos durienses.
Ora, manda a verdade que se diga que a nomeação do Eng. Ricardo Magalhães para o cargo de Chefe de Projecto desta Estrutura é motivo mais que suficiente para que possamos depositar fundadas esperanças no bom sucesso desta Unidade de Missão, já que a figura prestigiada e competente deste verdadeiro “paladino” do Douro nos dá garantias de um trabalho, consistente e empenhado, em favor da dinamização de todas as acções que visem o desenvolvimento integrado do nosso território.
Um conjunto de competências de carácter dinamizador e coordenador dos diversos projectos existentes, bem como uma função de captador de novas iniciativas e parcerias para o Douro, fazem desta estrutura um instrumento fundamental para que a nossa Região do Douro possa ter, nos próximos anos, um ritmo acelerado de investimentos materiais e imateriais, capazes de colocar, de uma vez por todas, a comunidade duriense na senda certa do bem estar e do desenvolvimento.
Entre as quarenta e uma entidades e instituições que fazem parte do Conselho Consultivo desta Estrutura de Missão, lá se encontra o nosso Museu de Lamego, bem como a Fundação do Museu do Douro, sendo certo que tudo faremos para que se consiga maior celeridade, a par da imprescindível qualidade, para os investimentos que se exigem e esperam para o Douro, na sua componente cultural e patrimonial.
Também por aqui saberemos exercer toda a nossa capacidade de influência, para que obras como a de ampliação e requalificação do nosso Museu não fiquem para as “calendas gregas”, já que o Museu de Lamego é a instituição primordial de salvaguarda e exposição do património artístico mais relevante de todo o Douro e, como tal, pilar insubstituível na afirmação de uma estratégia apostada no turismo cultural de qualidade.
O vinho e a paisagem durienses não podem andar sem a sua natural associação ao património edificado de relevo e à excelência do património artístico de que o Museu de Lamego é legítimo representante e protector.
Estamos certos que, com a orientação e coordenação do Eng. Ricardo Magalhães, o Governo de Portugal nos deu um seguro testemunho de que esta Estrutura de Missão não é para “inglês ver”, mas antes para que os durienses possam, finalmente, obter e concretizar o que já há muitas décadas temos vindo a exigir para o Douro.

Agostinho Ribeiro

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