A Resolução do
Conselho de Ministros nº 116/2006, publicada em 20 de Setembro do ano passado,
estabeleceu os termos da criação da Estrutura de Missão para a Região Demarcada
do Douro.
Podemos afirmar
que esta Estrutura de Missão surge por iniciativa do Senhor Primeiro-ministro
de Portugal, apostado que está em contribuir para a resolução dos problemas
sociais e económicos que afectam a nossa região.
Como todos
estaremos certamente lembrados, a notícia da criação desta Estrutura foi
publicamente lançada aquando da visita do Eng. José Sócrates ao Douro, por
ocasião da sessão inaugural das Comemorações dos 250 anos da constituição da
Região Demarcada do Douro, e todos nós nos congratulamos então com esta útil e
tão necessária iniciativa. Esta congratulação deveu-se ao facto de ninguém ter
dúvidas sobre a importância estratégica que uma estrutura desta natureza
poderia ter para o Douro, se o Governo soubesse e desejasse dar a continuidade
devida a um projecto como este, por forma a que não ficássemos, uma vez mais, tristemente
reduzidos ao amargo sabor de mais um acto público “muito bonito”, mas sem
consequências práticas para o bem estar dos durienses.
Ora, manda a
verdade que se diga que a nomeação do Eng. Ricardo Magalhães para o cargo de
Chefe de Projecto desta Estrutura é motivo mais que suficiente para que
possamos depositar fundadas esperanças no bom sucesso desta Unidade de Missão,
já que a figura prestigiada e competente deste verdadeiro “paladino” do Douro
nos dá garantias de um trabalho, consistente e empenhado, em favor da
dinamização de todas as acções que visem o desenvolvimento integrado do nosso
território.
Um conjunto de
competências de carácter dinamizador e coordenador dos diversos projectos
existentes, bem como uma função de captador de novas iniciativas e parcerias
para o Douro, fazem desta estrutura um instrumento fundamental para que a nossa
Região do Douro possa ter, nos próximos anos, um ritmo acelerado de
investimentos materiais e imateriais, capazes de colocar, de uma vez por todas,
a comunidade duriense na senda certa do bem estar e do desenvolvimento.
Entre as
quarenta e uma entidades e instituições que fazem parte do Conselho Consultivo
desta Estrutura de Missão, lá se encontra o nosso Museu de Lamego, bem como a
Fundação do Museu do Douro, sendo certo que tudo faremos para que se consiga
maior celeridade, a par da imprescindível qualidade, para os investimentos que
se exigem e esperam para o Douro, na sua componente cultural e patrimonial.
Também por aqui
saberemos exercer toda a nossa capacidade de influência, para que obras como a
de ampliação e requalificação do nosso Museu não fiquem para as “calendas
gregas”, já que o Museu de Lamego é a instituição primordial de salvaguarda e
exposição do património artístico mais relevante de todo o Douro e, como tal,
pilar insubstituível na afirmação de uma estratégia apostada no turismo cultural
de qualidade.
O vinho e a
paisagem durienses não podem andar sem a sua natural associação ao património
edificado de relevo e à excelência do património artístico de que o Museu de
Lamego é legítimo representante e protector.
Estamos certos
que, com a orientação e coordenação do Eng. Ricardo Magalhães, o Governo de
Portugal nos deu um seguro testemunho de que esta Estrutura de Missão não é
para “inglês ver”, mas antes para que os durienses possam, finalmente, obter e
concretizar o que já há muitas décadas temos vindo a exigir para o Douro.
Agostinho
Ribeiro
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