quinta-feira, 16 de novembro de 2006

O Congresso do PS.



Decorreu, no passado fim-de-semana, o XV Congresso do Partido Socialista, na bela cidade ribatejana de Santarém, terra dotada de um património material e espiritual de excepção, de gente boa e hospitaleira, que tão bem soube receber este encontro magno dos socialistas portugueses.
Não se esperavam grandes surpresas políticas, em resultado deste Congresso, uma vez que é bem evidente, e pública, a perfeita adesão e sintonia da esmagadora maioria dos simpatizantes e militantes do Partido Socialista para com o seu secretário-geral, o Eng. José Sócrates.
De tudo quanto se viu e disse, podemos reter a noção clara da inevitabilidade das reformas encetadas pelo actual Governo, bem expressas nos discursos, lúcidos e competentes, de apoio generalizado às políticas deste executivo, transmitindo a certeza de que os militantes do Partido Socialista sabem bem, e têm plena consciência, das exigências e dos desafios que o futuro próximo a todos nos coloca.
Ninguém tem dúvidas da dureza de muitas das reformas que estão em curso, e dos muitos sacrifícios que agora se pedem aos portugueses, como dúvidas não se terão sobre a premente necessidade de as executar e levar até ao fim, para evitar o total descalabro e desgoverno de Portugal.
A nobreza destas atitudes assenta, portanto, na coragem de se tomarem as decisões adequadas e imprescindíveis para o bom rumo do nosso país, mesmo correndo os riscos de alguma impopularidade e movimentações sociais, sem nunca perder de vista a finalidade última destas reformas – fazer de Portugal, num futuro não muito longínquo, um país mais rico e solidário, mais justo e equitativo, na defesa de um modelo de Estado Social que, para sobreviver, precisa urgentemente de se reformar.
É o que o nosso primeiro-ministro, Eng. José Sócrates, na chefia de um Governo competente e empenhado, tem vindo a fazer ao longo deste último ano e meio de governação, sem embargo de, aqui e ali, alguns pequenos ajustes nos parecerem necessários realizar.
E quando se tem um rumo claramente definido; quando se sabe, com clareza e determinação, qual é o objectivo final de cada reforma; quando nos é transmitido, sem tibiezas nem constrangimentos, os benefícios efectivos que cada medida tomada nos há-de proporcionar; quando somos, portanto, convidados a fazer sacrifícios para o bem comum, sobretudo dos mais desfavorecidos, pergunto-me que português enjeitará a dádiva do contributo, ainda que doloroso em tantas circunstâncias, para que este país possa continuar a progredir e a desenvolver-se?

É como se numa família, o pai e a mãe não aceitassem fazer quaisquer sacrifícios, agora, para que os seus próprios filhos tivessem uma vida melhor, amanhã!
Nenhum pai e nenhuma mãe deixariam de o fazer. E nós somos hoje os pais e as mães que devem correr esses sacrifícios para que os nossos filhos se possam orgulhar de um país mais moderno, competitivo, rico e socialmente mais solidário.
E os primeiros indícios dessa viragem para melhor, que todos desejamos e ansiamos, começam a surgir no nosso horizonte, demonstrando a justeza e a correcção das políticas que têm vindo a ser seguidas pelo Primeiro-Ministro de Portugal.

Agostinho Ribeiro

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