quinta-feira, 23 de abril de 2015

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, 2015, na cidade de Lamego.


 
Sobre a minha participação, que muito me honra, como vogal na Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, 2015, a realizar em Lamego, importa esclarecer junto dos meus concidadãos lamecenses, o seguinte:
1 – O Dia de Portugal não é, por essência e definição, propriedade particular de nenhum partido, pessoa ou grupo, nem está refém de interesses estranhos à sua específica natureza e condição, de dimensão nacional e projeção internacional, sempre e em todas as circunstâncias e lugares onde ocorre, e em que têm ocorrido as respetivas comemorações;
2 – O Dia de Portugal não é nenhum detergente ou branqueador que possa servir de pretexto ou razão para “lavar” ou “branquear” seja o que for, porque não é sua função simbólica, do mais alto significado para Portugal, constituir-se como motivo para validar práticas políticas, sejam elas boas ou más, mereçam elas, ou não, a nossa concordância ou adesão;
3 – O Dia de Portugal é o dia de todos os portugueses, independentemente das suas convicções políticas e filiação partidária, e de todo o território nacional e da diáspora, sob a responsabilidade tutelar do mais Alto Magistrado da Nação, como deve ser num País Democrático como é o nosso;
4 – O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas diz respeito a todos os portugueses, e eu sou um deles, com todos os direitos e deveres associados a esta inata e nobre condição.
Por estas razões, integrar a Comissão Organizadora das Comemorações do 10 de junho, em 2015, na cidade de Lamego é, para mim, uma honra e um dever – honra por ter merecido tal distinção, juntamente com outras pessoas que muito estimo; e um dever de cidadania porque, tratando-se de Portugal e dos portugueses, no seu todo e não em qualquer uma das partes que o constitui, a ninguém que defenda os valores da democracia e da república se permitirá furtar a tamanha responsabilidade nacional.
Por tudo isto, agradeço ao Senhor Presidente da República o convite que me endereçou, e agradeço a todos os que tiveram a amabilidade de sugerir o meu nome, na certeza de que as comemorações de 10 de junho de 2015 prestigiarão, uma vez mais, Portugal, no seu território e além-fronteiras, e prestigiam a cidade de Lamego e as suas gentes, como cidade secular e histórica cujo papel relevante na fundação e afirmação da nacionalidade jamais pode ser esquecida ou obliterada, e muito menos amputada na sua nobreza e dignidade, por razões conjunturais e circunscritas a um tempo político de reduzida dimensão, que é o nosso.
É tão simples quanto isto! Obrigado.
Agostinho Ribeiro