terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O Museu Grão Vasco *


Ao iniciarmos um novo ciclo na vida desta nossa instituição de cultura viseense, assiste-me o grato prazer de partilhar, com todos os amigos e colaboradores do Museu Grão Vasco, algumas considerações que considero oportunas fazer neste momento, para memória futura.
São breves estas primeiras notas, e elas resultam da necessidade que, hoje em dia, todas as instituições públicas têm de prestar informação aos cidadãos que as suportam, por razões de transparência e rigor no exercício das nossas obrigações funcionais, tanto mais que se trata de expressar, junto da comunidade que servimos, os nossos propósitos de levar a bom termo os projetos culturais que pretendemos realizar ao longo dos próximos anos.
Mas antes de mais, e até porque somos uma entidade que valoriza, por definição, o passado (que pretendemos manter sempre presente), nas suas múltiplas e diversas componentes, não podíamos deixar de expressar publicamente o nosso reconhecimento pelo excelente trabalho desenvolvido pelo anterior diretor do Museu Grão Vasco, o Dr. Sérgio Gorjão, que emprestou a esta casa, e à causa museológica nacional, todo o seu saber e competência técnica e científica a favor da realização dos diversos projetos que deram sentido e projeção à vida do Museu Grão Vasco durante estes últimos anos.
Esforçado, sistemático, rigoroso e perseverante, com uma perceção muito clara de que os Museus não vivem apenas do fogacho momentâneo e fugaz de um qualquer mediatismo que nos catapulta para as páginas dos jornais, apenas e somente porque estamos a fazer o que devemos fazer (e quantos o fazem sem a preocupação das luzes permanentes dessa ribalta, tantas vezes motivada por propósitos esconsos), Sérgio Gorjão desenvolveu um profícuo trabalho de organização interna dos nossos serviços, de gestão dos nossos espaços técnicos e de um bem fundamentado e sustentado conjunto de atividades, que muito projetaram para o exterior a riqueza, o valor, a importância e o significado da nossa instituição museológica e, por via disso, afirmando o Museu como uma instituição incontornável no panorama cultural da nossa urbe.
Em perfeita sintonia e interlocução com os cidadãos que entenderam beneficiar dos nossos serviços, devemos ainda acrescentar.
Por isto, e pelo muito mais que seria fastidioso aqui e agora enumerar, deixamos publicamente expresso o nosso bem-haja por tudo o que fez à frente dos destinos do Museu Grão Vasco.
É claro, por outro lado, que nenhum destes propósitos e realizações seriam possíveis sem o permanente empenho, dedicado e zeloso, de uma equipa de colaboradores do museu que, no dia-a-dia desta instituição, tudo fazem para que o Museu Grão Vasco se engrandeça no desígnio missionário e, engrandecendo-se, engrandeça também a cidade e a região que servimos e a que pertencemos – Viseu!
A esta equipa de colaboradores do Museu Grão Vasco, expressamos também o reconhecimento por tudo o que têm vindo a fazer, no exercício exemplar das suas funções profissionais, e na certeza de que tais procedimentos e desempenho terão a sua continuidade normal, como todos pretendemos e desejamos que aconteça.
É, pois, chegada a hora de iniciarmos uma nova fase na vida do nosso Museu, que continuará igual a si mesmo em tudo quanto represente, signifique e valorize as boas práticas museológicas e museográficas; técnicas e científicas; éticas e deontológicas, procurando as melhores soluções para os velhos problemas que ainda nos afetam operativamente, mas agora projetando o seu desígnio maior para o ano centenário que se avizinha – 2016.
Mas sobre isso, teremos tempo e oportunidade de refletir em conjunto, num processo de partilha com as pessoas e com as instituições públicas e privadas que assim o desejarem fazer.
Da nossa parte, apenas queremos deixar, para já, um registo público de apreço pelo muito que já se fez pelo Museu Grão Vasco, e pelo muito que ainda se fará a seu favor, que o mesmo é dizer, a favor de todos nós, porque o Museu Grão Vasco é uma casa de cultura onde todos têm lugar, por direito próprio e inalienável de cidadania.
Obrigado.
Agostinho Ribeiro

* Texto retirado da página facebook do Museu Grão Vasco, intitulado A Palavra ao Diretor | 01.

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