Informo todos os meus amigos que fui substituído administrativamente no exercício das funções de director do Museu de Lamego, cargo e função que ocupei ininterruptamente ao longo dos últimos vinte anos da minha carreira profissional, com honradez e probidade, e em resultado de concursos públicos (e nunca tachos políticos ou favores obscuros), concursos esses a que me submeti nos tempos e termos legalmente devidos e oportunos.
Consumou-se, assim, a retaliação e a vingança que de há algum tempo a esta parte pendia sobre a minha pessoa, por razões que são sobejamente conhecidas de todos e que me não merecem quaisquer comentários adicionais.
O Museu de Lamego vai passar agora a ser uma unidade orgânica flexível, deixando de ser dirigido por um director de serviços (direcção intermédia de 1º grau), não esclarecendo a lei se vai passar a ter uma direcção intermédia de 3º grau ou inferior ou se, pura e simplesmente, não vai sequer ter direcção.
É uma questão pessoal? Não! Não é!
É uma questão institucional, porque um serviço deve ser avaliado pelo seu valor intrínseco (neste caso o património museológico de valor nacional e internacional) e pela dignidade que é conferida ao serviço, em termos de direcção (e não de director).
Estão a tratar o Museu de Lamego muito abaixo da dignidade a que tem direito, em qualquer parte do MUNDO, aproveitando a ocasião para levarem a cabo as suas vinganças pequeninas e mais personalizadas, que ficarão na História como opróbrio de quem as pratica.
Tudo fiz para tentar evitar esta verdadeira desonra que agora recai sobre a nossa estrutura cultural, quase secular, de Lamego e de toda a região duriense...
Peço desculpa a todos por não ter conseguido.
Mas não será isto que me fará silenciar na denúncia de tudo o que acho ser incompatível com o Estado Democrático e de Direito em que vivemos, nem tão pouco de manifestar publicamente a minha opinião sobre o que concordo e o que não concordo da vida pública local, regional e nacional.
Bem hajam todos os que me apoiam e ajudam nesta ingrata tarefa de saber ouvir e ver, não ficando calado quando o que se vê e ouve não corresponde aos valores e princípios que defendemos, para todos, na sociedade em que vivemos...
“Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar...”
Sophia Andresen
Eu não ignoro!
Agostinho Ribeiro
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